Aproximar os setores da inovação e comunicação dos órgãos que compõem o Sistema de Justiça para efetivar a política da linguagem simples. Com esse objetivo, o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) promoveu, nesta semana, no Laboratório de Inovação (Inovajus), a Oficina de Comunicação em Linguagem Simples. O professor Carlos André Pereira Nunes representa a Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás no TJGO na implantação da novidade, que resultou na obtenção, pelo TJGO, do selo da Linguagem Simples do Conselho Nacional de Justiça, nesta quinta-feira (3).
De acordo com Carlos André, o OAB-GO tem orgulho de fazer parte da rede de comunicação sobre implantação de linguagem, porém postula a alteração do nome de linguagem simples para linguagem clara. Mas embora o nome já esteja consolidado no Brasil, ele explica que a seccional acredita que o “simples” traz ruídos que prejudicam a compreensão da advocacia e do público em geral. Por isso, ele acredita que é preciso seguir a lógica da nomenclatura internacional e denominar o termo de ‘clara’ ao tratar da mudança na linguagem adotada pelo Judiciário.
Simplificação
A juíza auxiliar da Presidência Lidia de Assis e Souza afirma que o Judiciário está mesmo empenhado nesse movimento de simplicação da linguagem, que traz benefícios ao Judiciário, aos órgãos do Sistema de Justiça e à sociedade. Segundo ela, contribuição de cada um dos participantes na oficina realizada nesta semana é muito importante na implementação dessa iniciativa”, pontuou a coordenadora do Programa de Linguagem Simples do TJGO, intitulado “Simples e Fácil”.
A coordenadora do Inovajus, juíza auxiliar da Presidência do TJGO, Jussara Cristina Louza, por sua vez, reforça que a contribuição de profissionais de comunicação no sistema de justiça é essencial. “Vocês são os porta-vozes com o público externo e essa troca de experiências será fundamental para o sucesso desse programa”, frisa a magistrada.
O diretor de Planejamento e Inovação do TJGO, Diego César Santos, é outro que destaca que por meio da “experiência de cada órgão é possível chegar no objetivo comum, que é efetivar a linguagem simples nos órgãos de sistema de justiça”.
O diretor de Centro de Comunicação do TJGO, jornalista Luciano Augusto Andrade, também elogia iniciativa, reforçando que a troca de experiências ajuda na construção de meios eficazes para implantação do programa. “Agradeço ao nosso Inovajus pela oportunidade de unir todo o sistema para o planejamento necessário à sensibilização da linguagem simples”.
Desafios e soluções
A oficina foi conduzida pela coordenadora do Laboratório de Inovação do TJGO, Jaquelline Martins e Silva. Na oportunidade, os participantes trabalharam em grupos e listaram a principais dificuldades para implantação da linguagem simples, como também apontaram os caminhos para superar esses problemas e garantir a efetivação da linguagem simples.