Operação Confraria: Justiça Eleitoral determina arquivamento de processo contra Jayme Rincón

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O juiz Alessandro Pereira Pacheco, da 135ª Zona Eleitoral de Goiânia, determinou o arquivamento de processos relacionados à Operação Confraria, deflagrada há mais de cinco anos pela Polícia Federal (PF). A referida investigação, que apurou suposto esquema de desvio de verbas do governo de Goiás, teve como um dos alvos o ex-presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop) Jayme Eduardo Rincón.

A referida operação é uma ramificação da Operação Cash Delivery, que investigava suspeita de caixa 2 pago pela Odebrecht ao ex-governador Marconi Perillo, mas que também foi arquivada pela Justiça Eleitoral em Goiás.

Na ocasião, o Supremo Tribunal Federal (STF) havia concedido habeas corpus para determinar o trancamento da investigação por “constrangimento ilegal”, diante da demora da tramitação. Foi declarada a nulidade de todos os atos decisórios.

Diante disso, na decisão relacionada à Operação Confraria, o magistrado disse que o feito resta esvaziado. Isso tanto em razão do reconhecimento da nulidade dos atos decisórios, processuais e pré-processuais e seus feitos conexos no âmbito da investigação principal, como pelo fato de já ter sido determinada a exclusão das provas encartadas aos autos e produzidas no âmbito da Operação Cash Delivery.

Em nota, Jayme Eduardo Rincón disse que a Operação Confraria foi realizada sem nenhuma base legal ou indícios de qualquer crime, “mas tão somente criações e manipulações para tentar macular a nossa honra e os serviços prestados para Goiás”. Ressaltou que sempre reafirmou sua inocência, “mesmo não tendo o mesmo espaço em que fui acusado para dar a minha versão e me defender”.

Também em nota, o advogado Romero Ferraz Filho, que representa Jayme Eduardo Rincón, declarou que “é triste ver como os desvios de caminhos processuais justos causaram assassinato de reputações e execração pública de pessoas que possuem envergadura política e histórico de trabalho e suor prestado aos cidadãos de Goiás, tudo por um projeto de poder político.”

“Há muito se diz que o tempo é o senhor da razão. Infelizmente, precisou de mais de 05 anos para que a verdade viesse à tona e que a justiça fosse feita”, completou o advogado.

Leia aqui a decisão.