Justiça decreta encerramento da recuperação judicial das empresas do Grupo Irmãos Soares

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A juíza Lívia Vaz da Silva, da  26ª Vara Cível de Goiânia, decretou o encerramento do processo de recuperação judicial das empresas do Grupo Irmãos Soares, que inclui a Irmãos Soares S/A, Guarany Empreendimentos Gerais LTDA e Irsol Administração e Participações LTDA. A decisão, fundamentada no cumprimento de todas as obrigações do plano de recuperação ao longo do período de fiscalização, marcou o encerramento da intervenção judicial, assegurando a viabilidade e continuidade das atividades empresariais das recuperandas.

Durante o processo, que se estendeu por dois anos após a homologação do plano, foram concluídas as obrigações estabelecidas, com quitação de débitos e liberação dos valores devidos aos credores. Em seu parecer, o Ministério Público manifestou-se favorável à conclusão da recuperação, destacando o cumprimento rigoroso do plano e a estabilidade econômica das empresas envolvidas.

O Quadro Geral de Credores, homologado em junho de 2023, relaciona as obrigações atendidas e define as proporções de títulos a serem retirados por cada credor. Com a decisão, o processo recuperacional foi oficialmente encerrado, cabendo aos credores que desejem resgatar valores remanescentes ou ações procederem com o agendamento para retirada.

A sentença estabelece ainda que, em caso de descumprimento futuro das obrigações assumidas, os credores poderão recorrer ao processo de execução ou mesmo ao pedido de falência, conforme previsto na legislação. A decisão representa um marco na reestruturação das empresas, consolidando o cumprimento dos compromissos e encerrando oficialmente o regime de supervisão judicial.

A recuperação judicial

O grupo empresarial Irmãos Soares, hoje uma das maiores redes de materiais de construção do Centro-Oeste, ingressou com pedido de recuperação judicial em abril de 2017 por conta da grave crise econômica e os elevados juros no País.

A empresa começou suas atividades em 1967 e completou no mesmo ano em que decidiu buscar proteção legal para reestruturar seus negócios, meio século de atividades no comércio de material de construção, com atividades em 14 lojas em Goiás e Minas Gerais e mais de 500 funcionários.

Processo 5121271-13.2017,8.09.00451