Falta de provas: Tribunal do Júri absolve servente de pedreiro acusado de matar menino Danilo

Quase quatro anos depois da morte do menino Danilo de Sousa Silva, de 7 anos, o acusado do crime, o servente de pedreiro, Hian Alves de Oliveira, foi absolvido durante julgamento na 4º Vara dos Crimes Dolosos Contra a Vida e Tribunal do Júri de Goiânia, nesta segunda-feira (24). Os jurados entenderam que não foram apresentadas provas concretas para condenar o jovem.

Apesar da absolvição pelo crime de homicídio, Hian foi condenado a 2 anos de prisão por denunciação caluniosa, por ter acusado o padrasto da criança de participação no caso. Segundo o advogado de defesa, o criminalista Gilles Gomes, como o servente de pedreiro já estava preso há 3 anos e 9 meses, o juiz declarou que a pena já havia sido cumprida e revogou imediatamente prisão. O réu inclusive já foi solto.

Segundo Gilles Gomes, apesar de inicialmente Hian ter admitido participação no assassinato, ficou demonstrado que o réu foi forçado a admitir ter sido o autor do crime. Danilo sumiu no dia 21 de julho de 2020, do Parque Santa Rita. À época, a mãe dele disse que o menino estava brincando com outras crianças na rua, entrou em casa e falou que iria até a avó, que morava próximo de onde ele residia.

Como o garoto não voltou para casa, o Corpo de Bombeiros foi acionado e, no dia seguinte, iniciou as buscas em uma mata e em um córrego que ficava a 10 metros da casa de Danilo. Os pais dele foram autuados por abandono de incapaz um dia após desaparecimento.

Após quase uma semana de procura, o corpo do menino foi encontrado já em estado de decomposição, em um lamaçal, em área de difícil acesso, a cerca de 10 metros do córrego. No dia 31 de julho, o padrasto do menino e o colega dele, Hian Alves, foram presos suspeitos de envolvimento no homicídio.

À época, Hian confessou que ajudou o padrasto de Danilo no assassinato. Em troca, segundo o relato, receberia uma moto. O padrasto, no entanto, negou participação e disse que se tratava de uma armação. E as investigações, inclusive, isentaram o padrasto de qualquer ilícito.