A sessão da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), realizada no último dia 16 de maio, está chamando a atenção nas redes sociais, onde um vídeo com parte do julgamento mostra o embate entre o desembargador Adriano Linhares e o presidente da corte, desembargador Adegmar José Ferreira.
No vídeo, Adriano Linhares reclama várias vezes por ser interrompido pelo presidente da Câmara, durante julgamento de um habeas corpus da comarca de Goiânia, cujo relator era Adegmar Ferreira. “É regimental, não posso ser interrompido na minha fala”, disse o magistrado ao alegar que estava sendo censurado. “Sua excelência esta me interrompendo”, afirmou várias vezes ao pedir que o fato fosse registrado em ata, como prevê o artigo 153, parágrafo 4º, do Regimento Interno do TJGO.
Além de se mostrar indignado por ser interrompido, Adriano Linhares recomendou aos advogados de defesa do processo julgado que recorressem ao Superior Tribunal de Justiça. Isso porque, segundo ele, o juízo de primeiro grau negou, em audiência de custódia, a soltura em decisão sem fundamentação, o que fere os preceitos constitucionais. A decisão foi mantida pela 4ª Câmara Criminal.
Durante a discussão, Adegmar, por sua vez, afirmou que interrompia o desembargador porque “somos profissionais do Direito e o senhor está diminuindo esta corte”. Isso ocorreu quando o magistrado questionava a decisão que negava o habeas corpus e o presidente da Câmara pedia que Adriano Linhares respeitasse os colegas que divergiam dele.
