Durante interrogatório, fazendeiro acusado de mandar matar advogados nega envolvimento no crime

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Interrogado na manhã desta segunda-feira (31/05), o fazendeiro Nei Castelli, acusado de ser o mandante dos assassinatos de dois advogados, em Goiânia, negou participação no crime e disse que nunca teve contato com as vítimas. Marcus Aprígio Chaves, de 41 anos, e Frank Alessandro Carvalhaes de Assis, de 47, foram mortos em 28 de outubro de 2020, dentro do próprio escritório, no Setor Aeroporto, na Capital.

Castelli é o terceiro réu a ser ouvido durante o júri, que teve início ontem (30/05), no auditório do Fórum Cível da Capital. O julgamento é presidido pelo juiz Eduardo Pio Mascarenhas da Silva, da 1ª Vara Criminal dos crimes dolosos contra a vida e Tribunal do Júri de Goiânia.

Questionado pelo juiz se conhecia ou tinha algo contra as vítimas, Castelli respondeu que não. Além disso, que teve contato com Pedro Henrique Martins Soares, atirador que já foi condenado pelo caso, apenas no presídio. E, pelo que fazendeiro se lembra, estava em casa no dia do crime, trabalhando na lavoura.

Em resposta à acusação, confirmou que chegou a se encontrar com Cosme Lompa, também réu pelo homicídio, antes do crime, no Tocantins. Contudo, disse que foi até aquele Estado para resolver outras questões, como a compra de um caminhão e a compra de calcário, em uma mineradora.

De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público, o fazendeiro teria ordenado o assassinato depois de perder uma ação que o obrigava a pagar às vítimas, a título de honorários sucumbenciais, o valor de R$ 4,6 milhões.

Durante o interrogatório, Castelli afirmou à acusação que, pelo que se lembra, não chegou a ser cobrado desse valor. À defesa, respondeu que possui terras no Paraná, Bahia, Tocantins e Maranhão.