Defesa já entrou com HC a favor de Maurício Sampaio, que está preso em núcleo de segurança máxima

O advogado do empresário Maurício Sampaio, que se apresentou na tarde de ontem para início do cumprimento de pena pela morte do radialista Valério Luiz, Ricardo Naves, afirma que já apresentou dois recursos contra a prisão para cortes em Goiás, além de um pedido de habeas corpus e outro recurso ordinário ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Sampaio afirma que é inocente e que “com certeza, não tenho nada com isso”.

Ontem, tão logo se apresentou na Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), ele foi transferido para o Núcleo Especial de Custódia, no Complexo Prisional Policial Penal Daniella Cruvinel, em Aparecida de Goiânia. Segundo a Diretoria-Geral de Polícia Penal (DGPP), a escolha da unidade de segurança máxima foi motivada pela gravidade do crime pelo qual o empresário responde. O local conta com atualmente 66 custodiados.

Prisão

O mandado de prisão contra Sampaio foi emitido no dia 14 passado, mas a defesa de Sampaio alegou que estava em viagem e que deveria se apresentar ontem, como ocorreu. Essa foi a segunda vez que o juiz Lourival Machado da Costa mandou prender Sampaio. Logo após o término da sessão do júri popular em novembro de 2023, ele determinou que o empresário fosse detido para início imediato de cumprimento da pena de 16 anos de prisão. Houve recurso da defesa e ele foi solto por ordem do Tribunal de Justiça de Goiás.

No entanto, recentemente, o HC foi revogado após determinação do Supremo Tribunal Federal. A decisão alcança também Ademá Figueiredo Aguiar Filho, que também foi sentenciado a 16 anos de prisão pelo caso. Dois outros condenados pelo crime devem continuar soltos: o empresário Urbano de Carvalho Malta e o comerciante Marcus Vinícius Pereira Xavier. Eles vão aguardar em liberdade até o trânsito em julgado da decisão condenatória.

Denúncia

Valério Luiz foi morto a tiros no dia 5 de julho após sair do trabalho, no Setor Serrinha, em Goiânia. Ele era comentarista da Rádio Jornal 820 AM. Segundo a peça acusatória, Valério foi morto a mando de Maurício Sampaio devido às críticas que fazia à diretoria do Atlético-GO. O dirigente e seus advogados sempre negaram as acusações.