Lucas Santiago de Melo e Aguiar*
A atuação preventiva dentro das organizações empresariais é tida como extremamente vantajosa quando aplicada de maneira precisa.
Nesse aspecto, quando se trata de direito do trabalho, saem na frente aquelas organizações que atuam pontualmente para evitar o aumento de reclamações trabalhistas de forma desmoderada.
Assim, afim de evitar um cenário que possa vir a comprometer a fluxo de caixa futuro das empresas, com valor elevado de passivo trabalhista, devem as mesmas passarem a compreender que para maior segurança jurídica a solução mais adequada para garantir a sustentabilidade para os problemas organizacionais é uma atuação conjunta dos principais setores voltados a gestão de pessoas.
A integração dos departamentos jurídico, de recursos humanos e contábil dentro de uma organização empresarial é uma estratégia eficaz para a mitigação de passivos trabalhistas. A eficácia dessa abordagem visa maximizar a comunicação e a colaboração entre essas áreas, o que ajuda na identificação precoce de riscos e facilita a implementação de soluções práticas.
Uma comunicação clara e contínua entre esses departamentos é fundamental. O departamento jurídico, ao estar a par das políticas e práticas de RH, pode oferecer aconselhamento proativo para evitar litígios. Da mesma forma, o departamento de recursos humanos, ao entender as implicações contábeis e financeiras de suas decisões, estará mais bem equipado para tomar decisões que minimizem o passivo trabalhista.
A integração também possibilita o uso mais eficiente de dados. Métricas relacionadas ao desempenho dos funcionários, rotatividade e outros fatores podem ser analisadas de forma abrangente. Isso facilita a identificação de áreas problemáticas que podem ser alvo de auditorias internas ou de aprimoramento.
Em resumo, a integração eficaz entre os departamentos jurídico, de recursos humanos e contábil pode servir como um escudo robusto contra a acumulação de passivos trabalhistas. Essa abordagem integrada permite não apenas identificar e mitigar riscos de forma proativa, mas também criar uma cultura organizacional mais responsável e consciente.
*Lucas Lucas Santiago de Melo e Aguiar é advogado e atua na área do direito empresarial do trabalho e Compliance.
