A evasão escolar em Goiás será tema de debate na ExpoFavela, que começa nesta sexta-feira (28). O professor e especialista em educação Carlos André vai participar de um painel sobre o incentivo à permanência escolar.
O especialista e outras autoridades da área, como a secretária Estadual de Educação, Fátima Gavioli, vão debater estratégias para reduzir a evasão escolar em territórios de baixa renda. O painel acontece às 14h20, na Arena Talk, no Centro de Convenções de Goiânia, no Centro.
Em 2021, por exemplo, mais de 35 mil alunos deixaram escolas da rede pública estadual, reflexo ainda da pandemia. Em 10 anos, a rede teve queda de 13,2% no número de estudantes matriculados no ensino médio. De 2014 a 2023, o total de matrículas saiu de 213,9 mil para 185,6 mil. O percentual é ainda maior do que o registrado considerando todas as redes estaduais de ensino do Brasil: 8,7%.
Especialistas destacam que a última etapa da educação básica obrigatória é a mais desafiadora diante da evasão escolar. Isso porque muitos alunos abandonam a escola para trabalhar. Segundo ele, o que se percebe é um fenômeno mundial de desvalorização à lógica da educação formal.
“Muita gente, por exemplo, tende a entender que o processo educacional é tão somente ou serve tão somente para o mercado de trabalho. Porém, a educação tem pelo menos três finalidades, segundo a própria Constituição da República, o desenvolvimento da pessoa em si, o desenvolvimento da cidadania e, sim, o mercado de trabalho”, pontua o especialista.
Carlos André destaca ainda que a maioria das vezes, além dos problemas sociais que se tem no Brasil, o abandono vem por desestímulo, às vezes, da própria família em razão de dizer que aquilo não tem nenhuma lógica porque não vai dar dinheiro. Por exemplo, não tem aspecto de importância para a remuneração.
