Pesquisa feita pela Justiça Federal de Goiás aponta que 43 pessoas já sofreram assédio ou discriminação por juízes da SJGO

A Comissão de Prevenção e Enfrentamento do Assédio Moral, do Assédio Sexual e da Discriminação (CPEFAMAS) da Seção Judiciária de Goiás concluiu o relatório da Pesquisa de Assédio Moral Sexual e Discriminação, que apontou a disposição do público interno da Seccional em denunciar casos de condutas consideradas inapropriadas.

Ao todo, 432 questionários foram respondidos de forma anônima, por meio de formulário eletrônico e em papel. Desse total, 101 pessoas afirmaram já ter sofrido
assédio/constrangimento/discriminação no local de trabalho. E 55 participantes
relataram terem sido vítimas de assédio moral; 31 vítimas de constrangimento; 8 foram vítimas de assédio sexual; e 7 foram vítimas de discriminação. E, conforme o levantamento, 30% relataram que os casos ocorreram no ambiente presencial de trabalho.

Quando questionados sobre quem praticou o ato de
assédio/discriminação/constrangimento, 73 participantes da pesquisa relataram que o ato foi praticado por ocupantes de cargo/função de chefia, 56 disseram ter sido por servidor e
43 afirmaram ter sido por juízes.

Já presenciou

A maioria dos participantes, 240, relataram nunca terem visto alguém sofrer
assédio/constrangimento/discriminação na JFGO, 73 afirmaram já ter presenciado
situações de assédio moral e 71 já viram situações de constrangimento.

Quando questionados sobre quem praticou o ato de
assédio/discriminação/constrangimento que presenciou, 73 participantes relataram que o
ato foi praticado por ocupantes de cargo/função de chefia, 64 disseram ter sido por
servidor e 37 afirmaram ter sido por juízes.

Denúncia

Desse total, 67% denunciariam caso fossem vítimas de uma possível prática de assédio, constrangimento ou discriminação. O levantamento também constatou que 59% fariam uma denúncia caso testemunhassem alguém sendo vítima.

“Esses resultados sinalizam que o público interno da Seccional confia no trabalho da comissão, o que também reforça o nosso papel para aprimorar as frentes de trabalho para prevenir e enfrentar a questão do assédio e da discriminação”, avalia a presidente da CPEFAMAS, juíza federal substituta Luciana Laurenti Gheller.

Aplicação da pesquisa

A pesquisa foi aplicada no período de 5 de abril a 8 de maio de 2024, com a participação dos núcleos de Bem-Estar Social (NUBES), de Gestão de Pessoas (NUCGP) e de Tecnologia da Informação (NUTEC) e da Seção de Comunicação Social (SECOS).

De forma anônima, os participantes responderam voluntariamente a 20 perguntas, com o objetivo de levantar os riscos e impactos do assédio e discriminação, além de sinalizar os cargos, setores e atividades mais suscetíveis ao problema na Seção Judiciária de Goiás.